Reflexão Final do Curso
Tendo em conta as funções que desempenho num CRTIC para a Educação Especial, foi com entusiasmo que perspetivei a minha participação na validação do curso online “Inclusão e Acesso às Tecnologias”, no âmbito do projeto europeu SENnet. Os fatores motivacionais que mais pesaram foram, por um lado, as funções inerentes a um CRTIC, no âmbito da formação para professores, e por outro a importância, estímulo e interesse pessoal que a formaçao neste âmbito têm para mim enquanto profissional da educação, em particular da educação especial e, finalmente, pela oportunidade de participar na adaptação/validação dum curso desta dimensão e natureza para a realidade portuguesa.
Como participante tentei responder a todos os desafios lançados, realizando tarefas que pudessem integrar as propostas individuais e de grupo pelo interesse que me despertaram umas e outras. Inicialmente tive a oportunidade de comentar os trabalhos apresentados pelos colegas embora reconheça que, a partir de determinado momento, pelas progressivas exigências associadas às funções desempenhadas no CRTIC, se tenha tornado extremamente difícil, se não mesmo impossível, continuar a realizar as tarefas e a fazer os comentários aos trabalhos apresentados pelos colegas, dentro do calendário previsto, pelo que optei por executar apenas as tarefas até ao final. Considero esta a maior e mais penalizadora limitação vivida.
Devo dizer, no entanto, que todos os trabalhos partilhados me mereceram o maior respeito, despertaram a minha curiosidade em explorar ferramentas ainda não experimentadas e fizeram-me reconhecer a pertinência da sua utilização em muitas situações vivenciadas na minha prática diária.
Gostaria de reforçar o quão importante é o feedback nos contextos de aprendizagem e, em particular nos deste tipo. A interação gerada por aquele, quer por parte dos 'tutores' quer dos colegas é o que caracteriza o que sabemos ser a aprendizagem colaborativa e cooperativa, e que embora neste caso, seja virtualmente, envolve o aspeto social da educação.
Esta interatividade gera motivação e atenção enquanto se aguarda pelo feedback dos colegas e é exatamente isto que diminui a sensação de isolamento do estudo/ensino à distância. Por outro lado, esta interatividade também se torna necessária, pois desenvolve o sentido crítico e a capacidade dos individuos trabalharem em grupo. Lembro a propósito que muitas vezes, por exemplo, alunos que participam pouco das discussões presenciais acabam por participar intensamente das discussões online (embora o oposto também se verifique).
Na minha perspetiva, e também pelas razões que acabo de enunciar, o potencial de aprendizagem que este modo de partilha proporciona é enorme e considero este um dos aspetos mais positivos do curso. A todos os colegas o meu grande obrigada pela partilha de experiências tão enriquecedoras e pelos desafios lançados.
À Dr.ª Ida Brandão e ao colega Paulo Nunes agradeço igualmente todo o apoio prestado quer através dos materiais disponibilizados, das sugestões feitas, dos fóruns de discussão criados e o pronto feedback.